A presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou hoje (4) que “é enorme a magnitude” dos danos deixados pelo terremoto e tsunamis que se abateram sobre o país no fim de semana e que a nação “vai necessitar alguns créditos internacionais”.
“O Chile tem recursos para uma quantidade de ações, mas vamos ter que pedir crédito ao Banco Mundial e a outras entidades”, declarou a mandatária em entrevista à rádio ADN.
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Ela afirmou que ainda não há uma cifra exata dos prejuízos causados pelo tremor de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país às 3h34 da madrugada deste sábado, afetando dois milhões de pessoas e deixando pelo menos 802 vítimas fatais.
Bachelet citou os números divulgados pela empresa norte-americana Eqecat, especializada em avaliações posteriores a catástrofes, segundo a qual o abalo custará entre US$ 15 bilhões a US$ 30 bilhões, o que equivaleria a valores entre 10% e 15% do PIB (Produto Interno Bruto) do Chile.
“Há zonas rurais onde está tudo no chão… 29 hospitais danificados, entre eles 11 inabilitados. Há destruição de infraestrutura. Milhares de chilenos perderam não somente seus seres queridos, mas suas casas e pertences. Há empresas que sofreram perdas importantes”, lamentou a mandatária. Segundo ela, “o país está voltando à normalidade”, mas ainda “há lugares pequenos aos que não se pode chegar”.
Bachelet comentou que a prioridade atual é a província de Arauco, na região de Bío Bío, uma das zonas mais afetadas pelo abalo sísmico. A presidente comentou que já foram enviadas embarcações e 30 aeronaves com ajudas para o local.
“Peço um pouquinho de compreensão”, disse ela, acrescentando que o governo busca chegar a todas as regiões devastadas pelo terremoto “por mar, ar e terra”.
A mandatária reiterou que um dos principais problemas após a tragédia de sábado foi que “as comunicações caíram”, motivo pelo qual serão “uma das primeiras prioridades na hora da reconstrução”.
Ainda em entrevista à rádio AND, ela comentou que a emergência e os trabalhos de restabelecimento da infraestrutura demandarão “três, quatro anos de trabalho”. “Foi um terremoto de uma intensidade enorme que golpeou bem seis regiões do Chile”, explicou.
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