Parlamentares da Frente Ampla, coalizão de esquerda que governa o Uruguai desde 2005, pretendem colocar em discussão um novo projeto para descriminalizar a prática do aborto nos casos em que a mulher esteja com menos de 12 semanas de gravidez.
No fim de 2008, o então presidente Tabaré Vázquez, que também é médico oncologista, vetou o artigo que tinha o mesmo objetivo e fazia parte da Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, que fora aprovada pelo Legislativo com os votos da bancada governista.
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Antes de assumir o cargo, na última segunda-feira, o atual presidente, José Mujica, também da Frente Ampla, disse que não promoveria nenhuma medida para descriminalizar o aborto, mas que tampouco vetaria sua promulgação caso alguma passasse pelo Congresso.
A senadora Mónica Xavier disse à rádio El Espectador que a ideia é encaminhar no segundo semestre um projeto de lei que esteja centrado especificamente na questão do aborto.
No Uruguai, todos os anos são realizados 33 mil abortos, cifra que aumenta quando são considerados os procedimentos feitos em clínicas clandestinas. Atualmente, no país o aborto é permitido em casos de estupro e de mal formação do bebê que comprometam a vida da mãe e da criança, porém não há uma lei que regularize a prática.
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