Cinco jovens se despiram ontem (8), no Dia Internacional da Mulher, em frente ao Palácio Legislativo de San Lázaro, na capital mexicana, para pedir a destituição do presidente Felipe Calderón.
“Desnudamos nossos corpos para desnudar o governo de Calderón”, explicaram as manifestantes, que cobriam as cabeças com um capuz negro.
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Elas se pintaram com uma tinta vermelha que imitava sangue em alusão às mulheres assassinadas em Ciudad Juárez – localizada na fronteira com os Estados Unidos e considerada a cidade mais perigosa do mundo – e leram um texto com várias reclamações.
As jovens protestavam pelas “mães de desaparecidos”, “presas de consciência” e mulheres eletricistas que foram despedidas com o fechamento da estatal Luz y Fuerza del Centro — que teve suas atividades encerradas pelo governo em outubro, com a demissão de 44.660 funcionários.
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As cinco manifestantes também citaram as mulheres violentadas por soldados do Exército mexicano e as leis que proíbem o aborto.
“Fora Calderón”, exigiram elas, ao convocar uma consulta nacional para os dias 22 a 24 de maio a fim de decidir sobre a revogação do mandatário.
Enquanto isso, o presidente participava de um ato em comemoração à data no Estado de Tlaxcala, centro do país, durante o qual chamou a atenção para as condições injustas enfrentadas pelas mulheres.
Em seu pronunciamento Calderón declarou que elas ganham a pulso o reconhecimento, apesar das adversidades e dos obstáculos que seguem enfrentando nos campos político, social e econômico.
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