O governo do México afirmou que só vai assinar um tratado de livre-comércio (TLC) com o Brasil quando existirem condições de igualdade de oportunidades e forem estabelecidas regras claras para os empresários mexicanos. Durante a última Cúpula do Grupo do Rio, que aconteceu em Cancún em fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do México, Felipe Calderón, assinaram um memorando de entendimento para começar a analisar a viabilidade do acordo.
O ministro mexicano de Economia, Gerardo Ruiz Mateos, disse durante um pronunciamento perante uma comissão do Senado que não haverá acordo comercial com o Brasil enquanto “não existirem condições claras”, principalmente para eliminar as barreiras não tarifárias.
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“O Brasil é um mercado interessante para os mexicanos. É mais fácil que empresários de nosso país façam negócios com brasileiros que com norte-americanos ou europeus, pela proximidade cultural”, disse.
Ruiz Mateos considerou que as negociações com o Brasil devem incluir os temas de serviços, investimento, compras de governo, marco intelectual, assim como regras comerciais claras. “Um tratado de livre-comércio inclui outros acordos como o setor de serviços, turismo, setor financeiro, transporte, distribuição de consultoria”, acrescentou.
A proposta de um TLC entre Brasil e México foi rejeitada em várias ocasiões por empresários mexicanos, que afirmam que a economia brasileira é mais fechada que a sua e impõe maiores impedimentos tarifários ao comércio.
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