O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse hoje (10) que um “governo estrangeiro” manipula o cenário político de seu país e afirmou ter provas de que ocorrerá uma intervenção nas eleições gerais de maio. A oposição colombiana criticou as declarações de Uribe e pediu esclarecimentos.
“Quero denunciar novamente a todos os colombianos que há governos estrangeiros que estão vetando candidatos à presidência da Colômbia e pretendendo impor candidatos”, disse Uribe à emissora colombiana Colmundo Radio, antes de embarcar para o Chile, onde participará amanhã (11) da posse do presidente Sebastián Piñera.
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Sem mencionar a que governo se referia, ele disse que “há uma perversa influência estrangeira” na campanha política para eleger seu sucessor e leu trechos de um documento que atribuiu a “um governo”.
O candidato do oposicionista Partido Liberal, Rafael Pardo, disse que “Uribe tem obrigação de dizer o nome do país que quer intervir na Colômbia”.
“É grave a denúncia, porque nenhum governo estrangeiro pode intervir em nossos processos internos, mas peço ao presidente que diga quem é para que não haja equívocos, e que a situação seja colocada dentro do espírito de transparência”, afirmou Pardo, citado pelo jornal colombiano El Tiempo.
Fim de governo
Uribe encerrará o segundo mandato e foi impedido de candidatar-se a um terceiro em 2010 após a Suprema Corte ter considerado ilegal o referendo que questionaria a população sobre o tema.
Na segunda-feira (8) o presidente já havia pedido aos políticos que evitassem as pressões de governos estrangeiros ao eleger seu sucessor nas eleições de 30 de maio.
Na ocasião, os colombianos vão eleger um novo presidente para o período 2010-2014 em eleições em dois turnos.
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