Após a demissão forçada do chanceler austríaco Kurt von Schuschnigg, Hitler expede a ordem a suas tropas de invadir a Áustria no começo da manhã de 13 de março de 1938. Os austríacos aclamam os soldados do Reich, que não encontram a menor dificuldade de tomar posse do país.
O chanceler alemão desfilaria em sua cidade natal Braunau-am-Inn, e proclamaria a reunificação da Áustria e Alemanha com o nome de “Anschluss” (anexação).
Tentada desde 1934, mas abortada sob a ameaça da Itália, a reaproximação dos dois países estava proibida pelos tratados de Versalhes e de Saint-Germain. Não obstante, as democracias ocidentais não reagiram. Um referendo organizado por Hitler na Alemanha e na Áustria aprovaria de maneira esmagadora a anexação.
A Áustria, novo pião no tabuleiro nazista, constituía o primeiro passo da política estratégica do ‘Ostmark’, marcha para o leste.
A Áustria, parte do império Austro-Húngaro, era uma nação multiétnica e multicultural. Em Viena e nas principais cidades austríacas, viviam pessoas que falavam línguas diversas (alemão, húngaro, checo, croata, iídiche etc.) e praticavam as mais diferentes religiões (católicos, luteranos, judeus, cristãos ortodoxos).
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Soldados do Reich não encontram dificuldade em invadir país vizinho, o que constitui primeiro passo da política externa nazista
A nova sociedade austríaca, porém, vivia sob o signo do antissemitismo e das dificuldades da coexistência multicultural. Os austríacos de origem germânica, como Adolf Hitler, aspiravam a uma nação livre das outras etnias. Aos olhos de Hitler, o ideal seria o do pangermanismo: uma nação com uma só língua e etnia.
Apesar de majoritários nas eleições de abril de 1932, os nazistas austríacos não obtiveram a maioria absoluta. Lançam-se então a uma estratégia de tensão e recorrem ao terrorismo. O chanceler social cristão Engelbert Dollfuss resolve em 1933 governar por decreto. Dissolve o parlamento, o partido comunista, o partido nacional-socialista e a poderosa milícia social-democrata, a Schutzbund. Seu regime assume uma tintura fascista simpático a Benito Mussolini.
Também nesta data:
1881 – Czar Alexandre II é morto em atentado terrorista
1891 – Estreia peça “Espectros”, de Henrik Ibsen
1957 – Físico Bohr ganha prêmio Átomos pela Paz
1988 – Japão inaugura maior túnel subterrâneo do mundo
(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.