Com alta taxa de abstenção – 53,6% segundo o Ministério do Interior –, o primeiro turno das eleições regionais na França impôs ontem (14) um grande revés ao partido UMP (União por um Movimento Popular), de direita, do presidente Nicolás Sarkozy. Segundo estimativas parciais, o Partido Socialista, principal nome da oposição, obteve 30% contra 26,7% do UMP. Reunidos, os principais partidos de esquerda somaram 50,5%.
Isso significa que, no segundo turno, no próximo domingo, o Partido Socialista terá uma grande margem de manobra para costurar alianças. A Frente Nacional, de extrema direita, obteve 12%. O Modem, partido criado pelo ex-candidato presidencial François Bayrou, ficou com modestos 4%.
Ian Langsdon/Efe (14/03/2010)
Simpatizantes do PS celebram resultado parcial, que deu 30% dos votos aos partido de esquerda
A taxa de abstenção de ontem foi a mais alta desde a criação das eleições regionais, em 1986. Em Paris, só 32% dos eleitores votaram. A eleições regionais na França são disputadas em dois turnos, caso não haja maioria no primeiro turno. Os partidos que conseguem mais de 10% dos votos podem participar no segundo turno.
A líder do PS, Martine Aubry, disse ontem que os eleitores do país “expressaram sua rejeição a uma França dividida e frágil” nas eleições. Já o primeiro-ministro francês, François Fillon, afirmou que nada está decidido e que não se pode tirar conclusões em nível nacional sobre a baixa participação eleitoral nesta consulta.
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