Os jornalistas da América Latina estão sofrendo a pior onda de assassinatos e sequestros em muitos anos, de acordo com a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Ao todo, 12 jornalistas foram assassinados na América Latina nos últimos meses em uma série de crimes sem precedentes em tão pouco tempo, afirmou Robert Rivard, diretor do jornal “San Antonio Express-News” e presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP.
O último caso ocorreu na última sexta-feira, na cidade colombiana de Montería (departamento de Córdoba), onde foi o diretor da revista “El Pulso del Tiempo”, Clodomiro Castillo Espino foi morto a tiros.
A realidade mais perigosa e violenta é no México, onde os jornalistas são vítimas do confronto entre o Governo e os líderes do tráfico de drogas, enquanto muitos outros se autocensuram diante das ameaças recebidas.
Ao todo, seis jornalistas mexicanos foram assassinados nos últimos meses, enquanto outros seis de mesma nacionalidade foram sequestrados e mantidos reféns.
Fora do México, três jornalistas foram assassinados em Honduras, um no Brasil e outro na Colômbia, totalizando 12 mortos desde novembro passado.
Rivard ressaltou a importância de as autoridades do México aprovarem leis para “penalizar com severidade os crimes contra os jornalistas”.
Desde 2005, registrou-se a morte de 44 profissionais do ramo, inclusive a de sexta-feira na Colômbia, e 17 desde o ano passado, dos quais 12 ocorreram nos últimos seis meses. Por isso, Rivard enfatizou a gravidade da atual onda de violência contra os jornalistas.
A ação do crime organizado e dos cartéis do tráfico, a corrupção, o assédio dos Governos e a fragilidade das instituições públicas para conter os assassinatos, a violência e o assédio configuram o panorama atual contra a imprensa no continente americano, constata a SIP.
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