A Google anunciou o redirecionamento para Hong Kong de todas as buscas feitas por meio da versão chinesa de seu site para burlar o que chama de “censura” do governo de Pequim. A partir de hoje (22), todas as buscas feitas em sua página na China (google.cn) serão redirecionadas ao buscador em Hong Kong (google.com.hk), informou a empresa em comunicado.
“Acreditamos que esta nova estratégia para oferecer buscas sem censura em chinês simplificado a partir do google.com.hk é uma solução razoável para os desafios que enfrentamos”, disse David Drummond, diretor jurídico do Google, no blog da companhia.
Efe (15/10/2010)
Segundo Drummond, a medida é “totalmente legal” e permitirá que os internautas da China tenham acesso a sites anteriormente vetados pelo governo, como Facebook, twitter, YouTube, Google Docs e Blogger. No entanto, o executivo reconheceu que Pequim pode bloquear o acesso a seus servidores em Hong Kong.
Ameaça e ataque
A Google disse que manterá suas operações de buscas e seu departamento de vendas na China, mas fez a ressalva de que dependerá “parcialmente” da possibilidade de acesso dos internautas chineses ao domínio google.com.hk.
Em janeiro, a empresa revelou que foi vítima de um ataque de hackers e que descobriu que os e-mails de defensores dos direitos humanos na China tinham sido invadidos. Esses fatores, mais uma suposta censura imposta pela China, levaram o Google a informar que avaliava deixar o país – o maior mercado da internet, com 384 milhões de usuários.
Sobre o tema, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, reiterou em entrevista coletiva hoje que “a China e os EUA têm uma relação madura na qual têm cabimento divergências”.
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