Empresários chilenos se posicionaram contra a intenção do governo do presidente Sebastián Piñera de aumentar os impostos para financiar a reconstrução do país, atingido por um terremoto de 8,8 graus no mês passado.
O presidente da Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), Andrés Concha, comentou que somente em uma situação muito extrema seria justificada uma alteração na carga tributária das empresas.
“Na medida do possível, nós solicitamos que não se recorra à via tributária nestas circunstâncias”, disse o dirigente empresarial após se reunir com o ministro da Economia, Juan Andrés Fontaine.
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Segundo Concha, “com os antecedentes que temos da situação patrimonial do Estado, vemos que é possível viabilizar o financiamento dos planos públicos necessários para levar adiante o processo de reconstrução”.
Ele destacou também que o setor privado está decidido a financiar seus próprios gastos gerados pelo terremoto e impulsionar o crescimento do país por meio de projetos de investimentos.
O tremor de terra, registrado na madrugada do último dia 27, atingiu a região centro-sul do Chile, matando cerca de 500 pessoas e deixando um prejuízo estimado em US$ 30 bilhões.
Na última segunda-feira, o governo anunciou o primeiro plano para reerguer a economia e os setores habitacional e escolar das regiões mais afetadas pelo sismo. No valor de US$ 110 milhões, a iniciativa prevê a construção de casas de emergência, escolas, hospitais e prédios públicos.
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