O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje (26), durante sua visita ao Equador, que manterá relações congeladas com a Colômbia até a realização das eleições presidenciais do país, cujo primeiro turno está marcado para 30 de maio.
“Decidimos esperar as eleições que vêm em breve para ver qual será a atitude do próximo presidente da Colômbia”, afirmou o presidente, que chegou a Quito na madrugada de hoje (26).
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De acordo com a TV venezuelana TeleSur, a esperança de Chávez é que o próximo presidente colombiano seja “alguém que com grande capacidade diplomática e que respeite a soberania dos países vizinhos”, já que a atual gestão, foi marcada por ‘relações vulneráveis, lamentavelmente, em razão das constantes agressões” da parte equatoriana.
“Esperamos um governo que recupere o rumo, que respeite o direito internacional e que se oponha a tese do ex-presidente George W. Bush dos ‘ataques preventivos’, que na realidade servem como pretexto para perseguir aqueles que eles chamam de terroristas e estão aonde eles [EUA] querem que estejam. Essa loucura já prejudicou o suficiente nossa região”, argumentou, segundo a agência estatal equatoriana Andes.
As últimas pesquisas de opinião na Colômbia indicam como favoritos o ex-ministro da Defesa do governo Uribe, Juan Manuel Santos e a ex-embaixadora Noemi Sanín, com leve vantagem do primeiro em um possível segundo turno.
Discórdias
Desde julho do ano passado as relações entre os dois países estão estremecidas. Após ser acusado de contrabandear armas para guerrilheiros colombianos, Chávez interrompeu o diálogo com Álvaro Uribe. O estopim, porém, foi o acordo que permitiu oficiais norte-americanos a utilizar sete bases militares de Bogotá.
Para Chávez, o novo convênio coloca em risco a soberania da região. Bogotá, contudo, alega que o objetivo da iniciativa é intensificar o combate ao tráfico de drogas em seu território.
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