A senadora Piedad Córdoba, mediadora colombiana perante as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), partiu hoje (26) rumo ao Brasil para iniciar o processo de libertação de dois reféns em poder da guerrilha.
A missão começou em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, às 14h37 locais (16h37 em Brasília). Córdoba está acompanhada por dois representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o bispo da cidade colombiana de Magangué, Leonardo Gómez, e os membros da ONG Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderada por Hernando Gómez e Ricardo Montenegro.
A missão fará o resgate do sargento do Exército colombiano Pablo Emilio Moncayo, um dos reféns mais antigos em poder das Farc e do soldado Josué Daniel Calvo.
A missão partiu rumo a São Gabriel de Cachoeira, próxima à fronteira amazônica do Brasil com a Colômbia, para abordar amanhã os helicópteros com os reféns.
O grupo chega sábado a Villavicencio, capital do departamento de Meta. De lá deve ir para o ponto em que o soldado Calvo será entregue, no domingo.
A entrega de Moncayo, que está há mais de 12 anos em poder da guerrilha, será feita na terça-feira, quando a missão passará para Florencia, capital do departamento de Caquetá.
A missão deveria ter ido para São Gabriel na quinta-feira, mas o resgate foi adiado por causa de uma viagem do general Freddy Padilla de León, das Forças Militares colombianas, ao Haiti.
As Farc confirmaram a libertação dos dois reféns militares, mas adiaram a entrega dos restos mortais do major de Polícia Julián Guevara, que morreu em cativeiro em 2006.
“Moncayo e Calvo estão prontos para sua libertação. Já a entrega dos restos do major Guevara será adiada, uma vez que o Exército está na área onde eles se encontram”, disseram as Farc.
Para os guerrilheiros, a atitude representa uma tentativa de paz. “A libertação unilateral determinada pelas Farc é uma demonstração inequívoca da vontade política pela troca”, acrescentaram.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL