Israel retirou hoje (27) suas forças militares da Faixa de Gaza após uma incursão noturna, motivada pela morte de dois soldados israelenses e que vitimou um palestino, no pior enfrentamento desde a operação “Chumbo Fundido”, em que 1,4 mil palestinos e 13 israelenses morreram, concluída em janeiro de 2009. Pela manhã, um míssil Qassam foi disparado de Gaza em direção do deserto do Negev, em Israel, sem deixar feridos.
Ao menos cinco carros blindados ingressaram no território palestino nessa noite e o pânico se estendeu entre a população. Testemunhas ouvidas pela rede do Qatar Al-Jazeera disseram que foguetes foram lançados e muitas explosões puderam ser ouvidas.
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As forças israelenses usaram fogo de artilharia, que foi respondido com armas automáticas pelo Hamas, grupo islâmico que controla a região. Testemunhas disseram que, após os combates, helicópteros sobrevoaram a região ao leste da cidade de Khan Yunes.
De acordo com a agência de notícias palestina Ma’am, o funeral do palestino morto à noite, identificado como Haitham Abed Al-Hakim Arafat, 23 anos, aconteceu essa manhã em Khuza'a, cidade que, segundo os moradores, foi destruída pela incursão israelenses.
Versão de Israel
Esta é a primeira vez que militares israelenses são mortos em Gaza desde a ofensiva israelense iniciada em dezembro de 2008. Israel diz que os confrontos começaram quando os soldados entraram no território palestino depois de notarem militantes colocando explosivos ao longo da fronteira. Segundo a versão militar israelense, os dois soldados morreram na explosão de uma bomba colocada por palestinos na fronteira.
As brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram a autoria da ação contra os soldados israelenses. Em comunicado, o grupo disse ter agido contra “uma unidade de elite sionista” que teria invadido Khan Yunes. As Brigadas de Al-Quds, ala armada do grupo Jihad Islâmica, também disseram ter participado da ação.
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