Horas antes do resgate do soldado Josué Daniel Calvo Calvo, a senadora colombiana Piedad Córdoba advertiu que esta será a “última entrega” de reféns que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) farão de maneira unilateral e incondicional, como vinha ocorrendo desde o ano passado, quando seis reféns foram colocados em liberdade.
O grupo armado busca negociar um acordo humanitário com o governo que prevê a libertação de pelo menos 500 guerrilheiros presos em troca de 22 oficiais – entre soldados e policiais – que fazem parte do chamado grupo de “prisioneiros de guerra” da guerrilha.
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Na semana passada, Córdoba pediu ao alto comissário para a Paz na Colômbia, Frank Pearl, que desenhasse uma proposta de acordo para ser concretizada antes do fim do mandato do presidente Álvaro Uribe, que termina em agosto. “Não é necessário desmilitarização, apenas uma mediação internacional”, afirmou a senadora.
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Contra a negociação
Por enquanto, o governo Uribe resiste a negociar com a guerrilha e insiste nos resgates forçados como saída para libertar os demais oficiais presos.
Na terça-feira, uma operação de resgate deverá libertar o soldado Pablo Emilio Moncayo, o mais antigo refém das Farc, preso há 12 anos. Se concretizada sua libertação, terá fim um dos mais emblemáticos casos que marca o conflito militar interno na Colômbia.
Leonardo Muñoz/Efe
O professor Gustavo Moncayo, pai do soldado soldado Pablo Emilio, fala com membros da Cruz Vermelha
Desde o sequestro do filho, há mais de 12 anos, o professor Gustavo Moncayo, conhecido como “Caminhante pela Paz” passou a realizar caminhadas dentro e fora da Colômbia com uma corrente presa ao corpo para exigir ações que resultassem na libertação do filho e em uma saída negociada para a guerra que dura mais de seis décadas.
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