O ex-primeiro-ministro Tony Blair declarou apoio à candidatura do colega Gordon Brown nas eleições parlamentárias marcadas para maio e criticou o Partido Conservador, que será representado por David Cameron, líder da oposição na Casa dos Comuns.
Falando em seu antigo distrito eleitoral, Sedgefield (noroeste da Inglaterra), onde há dois anos anunciou a aposentadoria após pressões internas e a impopular participação britânica nas guerras do Iraque a Afeganistão, o ex-premiê trabalhista se disse “otimista” com as eleições e criticou o lema adotado pelos conservadores: “tempo de mudança”.
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“No papel de oposição ao longos desses 13 anos, os conservadores demonstraram justamente seu rechaço à mudança, sendo esse o lema mais vazio da política atual”, afirmou.
Teste para Brown
Brown subiu ao posto de primeiro-ministro com a saída de Blair e nunca disputou eleições parlamentárias.
Segundo as últimas sondagens os conservadores apresentam 37% das intenções de voto e os trabalhistas 35%. Os impactos da crise econômica e a insatisfação dos britânicos com as guerras além-mar são apontados como os principais fatores para a queda da popularidade de Brown.
No entanto, a recuperação da economia britânica nos últimos meses pode redefinir o panorama de intenções de voto. O PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2009 cresceu 0,4%, segundo dados revisados.
Blair defendeu as ações de Brown durante os anos recentes. “Apesar de o país ainda não ter saído das trevas, logo após a crise financeira, sempre esteve no caminho da recuperação, graças às atitudes de Brown. No momento de perigo o mundo e o Reino Unido agiram. A decisão exigiu experiência, ousadia, liderança, o que Brown teve”, disse o ex-primeiro-ministro.
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