A presidente argentina, Cristina Kirchner, prometeu hoje (30) manter uma “batalha eterna” pela soberania das Ilhas Malvinas, arquipélago no Atlântico Sul, mas garantiu que isto não será feito por meio da força.
“Vamos continuar na batalha para conseguir o que as Nações Unidas ordenaram: que o Reino Unido e nós sentemos para dialogar sobre a soberania”, afirmou.
Para ela, será “uma profunda batalha cultural, diplomática, política, em todas as frentes com todos os instrumentos do direito internacional e do nosso direito nacional na defesa de nosso patrimônio, que não apenas é territorial”, complementou.
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Em um aposento da Casa Rosada batizado de “salão da mulher”, Cristina inaugurou uma mostra fotográfica em homenagem às mães dos soldados mortos na Guerra das Malvinas, em 1982. No próximo dia 2, os argentinos lembrarão os 28 anos do início da guerra.
Cristina pediu para os ex-combatentes não chorarem, e sim “recordarem com honra e glória, como é merecido”.
Desde que os britânicos começaram a preparar atividades de exploração de petróleo nas ilhas, a Argentina voltou a levantar a reivindicação de soberania sobre o território. Segundo a presidente, o país tem direitos “históricos, geográficos e jurídicos” sobre o arquipélago.
Petróleo ruim
O Reino Unido ocupou as Malvinas em 1833, expulsando o então governador argentino e todos os seus habitantes. Um século e meio depois, a ditadura argentina tentou reaver as ilhas à força, mas perdeu o conflito para os britânicos.
Recentemente, após uma empresa britânica iniciar a procura por petróleo na região, o governo argentino recorreu à ONU para fazer com que o governo britânico acatasse a resolução da entidade, que determina que ambos os países deveriam entrar em entendimento.
Ontem, a companhia que atua na região informou que o petróleo encontrado nas Malvinas é de má qualidade, minimizando as grandes expectativas em torno da exploração. O poço analisado, porém, foi apenas um dos seis que fazem parte da operação.
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