O presidente do Uruguai, José Mujica, viajou na tarde desta segunda-feira (5/4) a Buenos Aires, capital da Argentina, para se reunir com a presidente Cristina Kirchner.
A reunião na Residência de Olivos, oficial da presidente argentina, não estava na agenda oficial dos presidentes. Foi anunciada enquanto Mujica já estava a caminho e, embora alguns temas bilaterais fossem conhecidos, os porta-vozes dos governos não sabiam informar exatamente o que seria tratado.
Ao final do encontro, o chefe de gabinete argentino, Aníbal Fernández, disse que o resultado foi “bom” e que “assuntos de governo” foram tratados, segundo a agência de notícias estatal argentina Télam. “Não se falou da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) porque, em breve, haverá uma reunião. Falou-se do gás”, em referência à possível passagem de gás boliviano para o Uruguai através da Argentina.
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Na agenda dos dois países, há a questão da fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia, na região da fronteira comum. A Argentina denunciou o vizinho, argumentando que Montevidéu autorizou a construção da fábrica sem consultá-la, violando assim o tratado binacional que rege a administração do rio Paraná, que delimita a fronteira entre os dois países. Desde o final de março, quando a queixa foi formalizada, é aguardada a sentença emitida pelo Tribunal Internacional de Haia. Segundo Cristina, o tema não foi abordado porque o anúncio de Haia deve sair em breve. A previsão é o dia 20 de abril.
Hoje, Mujica viajou acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro. Na terça-feira, viaja a Caracas, onde se reunirá com o presidente venezuelano, Hugo Chávez e outras autoridades do país. Os dois se reunirão no Palácio Miraflores e devem assinar tratados bilaterais para estreitar as relações entre os países.
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