O primeiro-ministro do Peru, Javier Velásquez, anunciou nesta quarta-feira (7/4) o fim da greve dos mineradores após se reunir com o presidente da Federação Nacional de Mineradores Artesanais do Peru, Teódulo Medina, na sede do sindicato.
Segundo Velásquez, o governo assinou um decreto para criar junto ao Executivo e aos próprios mineradores “uma comissão técnica encarregada da formulação, acompanhamento e implementação de um projeto de plano nacional para a formalização da mineração artesanal”, que será instalada na próxima semana. Além disso, de acordo com o jornal peruano El Comercio, o primeiro-ministro prometeu reverter o decreto 012-2010, que motivou a greve e os protestos.
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Em vigor desde fevereiro, o documento estabelece zonas de exclusão de mineração em Madre de Dios, na região sudeste do país, e cria restrições para ordenar a atividade, como a proibição de embarcações que agem no fundo dos rios, que segundo o governo são máquinas caras que não podem ser consideradas de pequena mineração.
Após a reunião, Medina pediu aos manifestantes que suspendam o uso da
força “uma vez que o governo já se pronunciou, com este decreto
supremo, que é o primeiro passo que se está conseguindo”.
A greve, que dura quatro dias, causou confrontos com a polícia, que tentava desbloquear um pedaço da estrada Pan-americana tomada pelos manifestantes em Chala (620 quilômetros ao sul de Lima). A operação resultou na morte de seis pessoass.
Velásquez confirmou ainda que o governo levantará o estado de emergência nas sete províncias afetadas pela medida, iniciada com a greve e tomará as medidas necessárias.
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