O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, propôs nesta segunda-feira (3/5) a realização de eleições gerais no país no dia 14 de novembro, para dar fim ao conflito político entre os manifestantes da oposição, conhecidos como “camisas vermelhas”, e o governo.
A medida, apesar de não cumprir as exigências de imediatismo dos manifestantes, é o início do “processo de reconciliação” para acabar com os disturbios que já duram dois meses em Bangcoc e deixou 27 pessoas mortas.
No mês passado, com o apoio do rei da Tailândia, Vejjajiva rejeitou a proposta dos “camisas vermelhas” para desocupar um dos principais centros comerciais da capital do país em troca da realização de eleições no prazo de três meses.
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Após protestos contínuos, durante o final de semana o primeiro-ministro declarou que os conflitos “precisam de uma solução negociada e política” e propôs nova data para as eleições.
A data antecipa em um mês a sugerida em abril durante as negociações com os líderes da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura – movimento político que engloba os “camisas vermelhas”. No entanto, os manifestantes já haviam rejeitado a primeira proposta. Até agora, os “camisas vermelhas” não deixaram claro se aceitaram ou não a nova proposta, mas disseram à imprensa internacional, segundo a agência de notícias local MCOT, que pretendem discutir a proposta com o primeiro-ministro.
Em resposta à oferta, um dos líderes da Frente, Jatupor Porompan, disse aos jornalistas que estudará a oferta seriamente, segundo a agência de notícias espanhola Efe.
Já Vejjajiva, em pronunciamento transmitido pela televisão, condicionou a oferta a uma reforma que chamou de necessária para acabar com a “injustiça nas estruturas econômica e política”.
Além disso, se comprometeu a criar uma comissão independente encarregada de investigar as mortes ocorridas durante os choques entre os manifestantes e as forças de segurança por causa dos protestos.
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