O prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, negou todas as acusações que lhe foram feitas durante as cinco horas de interrogatório que aconteceu nesta quarta-feira (5/5). Ele, funcionários do gabinete e a polícia da capital estão sendo investigados pela Justiça argentina por formação de quadrilha para executar escutas ilegais contra o líder da comunidade judaica, Sergio Burstein, e do cunhado dele.
“Não sei o que estou fazendo aqui nem de que me acusam”, disse Macri, citado pela reportagem da Telam, agência de notícias oficial da Argentina.
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O prefeito “negou enfaticamente” conhecer o espião Ciro James, membro da secretaria de Educação portenha, que está sob prisão preventiva, acusado de ter feito o grampo ilegal.
Ao ser questionado sobre as atividades do ex-chefe da Polícia Metropolitana, George “Fino” Palacios, também preso por suspeita de envolvimento no caso, Macri disse a instituição estava sob responsabilidade do Ministério de Segurança da cidade, que está a cargo do também acusado ministro Guillermo Montenegro.
Palacios, homem de confiança de Macri, é considerado suspeito de ter sido cúmplice do atentado da Amia, associação civil judaica. Teria sido ele quem entregou o carro-bomba aos terroristas.
Durante o depoimento, os advogados do prefeito afirmaram que há “imprecisões” nas acusações atribuídas a Macri. Agora, o juiz tem dez dias para resolver o caso e o prefeito poderá ser processado por “chefiar uma associação ilícita”.
No início do mês de abril, ele foi convocado para depor. A data inicial era dia 28 do mesmo mês, mas Macri pediu para adiá-la, pois teria que fazer uma viagem oficial à Índia.
O caso veio a público quando Burstein, o chefe dos parentes de vítimas da Amia, soube que seu telefone havia sido grampeado. Na mesma época, o até então chefe da polícia metropolitana, Jorge Palacios, foi tirado da instituição, criada por Macri no início do ano.
Macri, oposicionista de centro-direita, é um dos pré-candidatos com maiores chances de suceder a presidente Cristina Kirchner em 2011.
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