A renúncia do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que aconteceu nesta terça-feira (11/5), além de representar o encerramento da hegemonia do Partido Trabalhista no poder, deu espaço para o líder do Partido Conservador, David Cameron, assumir o cargo após demora na coalizões entre os partidos.
Segundo declarações de Cameron, ele e Clegg estariam dispostos a superar as diferenças e garantir um governo estável. O correspondente do Opera Mundi em Londres, Alfonso Daniels, que foi em busca do novo plano de governo, informou que ainda não se sabe os termos negociados entre os dois partidos, nem são conhecidos os detalhes do novo mandato.
Por não obter a maioria absoluta nas eleições parlamentares e diante da ameaça de não garantir a governabilidade, os conservadores se viram obrigados a negociar com os liberal-democratas e propor ao parlamento um governo de coalizão liderado por Cameron, e que terá o liberal-democrata Nick Clegg como vice.
Anteriormente, os trabalhistas tentaram firmar acordos políticos com os liberal-democratas, que logo após o anúncio oficial dos resultados das eleições declararam que a preferência seria dada aos conservadores, já que estes tinham eleito a maior bancada.
Leia mais:
Novo premiê, Cameron anuncia governo de coalizão no Reino Unido
Ao longo do dia, a equipe de Clegg chegou a se reunir com representantes trabalhistas, mas todas as negociações fracassaram, abrindo caminho para a coalizão entre Cameron e os liberal-democratas.
O novo primeiro-ministro assumiu o cargo com a promessa de superar as diferenças políticas entre ele e o líder liberal-democrata.
“Nick Clegg e eu somos os líderes políticos que querem deixar de lado as diferenças do partido e do trabalho duro para o bem comum e para o interesse nacional. A coligação vai enfrentar todos os tipos de desafios, mas acredito que juntos podemos prever um governo forte e estável de que nosso país necessitas”, disse Cameron durante discurso no número dez da Downing Street, residência oficial dos primeiros-ministros.
Apesar de ainda não ter sido divulgada, a proposta de governo deve contar com uma reforma eleitoral, condição prévia dos liberal-democratas para o estabelecimento de qualquer acordo.
“Nosso país, onde nenhum partido tem maioria absoluta e temos alguns problemas profundos e urgentes, necessita de uma reforma. Creio que é o caminho certo para oferecer este país com os fortes, a estabilidade, o governo bom e decente de que eu acho que nós precisamos tanto”, disse o novo primeiro-ministro.
Aos 43 anos, Cameron, será o primeiro-ministro mais jovem do Reino Unido desde o Lorde Liverpool, no o século XIX. Foi eleito líder do Partido Conservador em 2005, e, desde então, seu principal objetivo é “mudar o partido e o país”, como afirma sua página oficial no Facebook.
“Acima de tudo, será um governo que é construído sobre alguns valores claros, os valores da liberdade, os valores de justiça e os valores de responsabilidade. Eu quero construir uma economia que recompense o trabalho, quero construir uma sociedade mais forte com as famílias e comunidades mais fortes”, concluiu.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL