O líder indígena peruano Alberto Pizango, que permaneceu exilado por 11 meses na Nicarágua, foi detido pelas autoridades da imigração ao chegar a Lima, onde é acusado de perturbação da ordem pública, conspiração e rebelião.
No último ano, a Justiça peruana emitiu uma ordem de prisão contra Pizango por seu envolvimento nos protestos realizados na cidade amazônica de Bagua, que levaram a uma repressão policial e terminaram com um saldo de 33 mortos em 5 de junho daquele ano.
De acordo com Daysi Zapata, que é vice-presidente da Associação Interétnica de Desenvolvimento da selva peruana, organização que era presidida Pizango antes de ele ter solicitado asilo, a atriz alemã Q'Orianka Kilcher, de origem peruana, acompanhou o líder amazônico em seu retorno ao país.
A emissora Telesur,da Venezuela, informou que, após ter passado pelos controles de imigração, o indígena foi detido e entregue às autoridades.
Antes de deixar a Nicarágua, Pizango afirmou que tomou a decisão de voltar ao Peru e “enfrentar as acusações” feitas contra ele. O presidente nicaraguense, Daniel Ortega, por sua vez, solicitou ao presidente “Alan García que, agora que Alberto Pizango retorna, lhe respeitem a integridade física e não o prendam”.
A manifestação que terminou de forma violenta em junho passado tinha como objetivo protestar contra medidas aprovadas por García.
Na época, a comunidade local acusava o mandatário de permitir a exploração indiscriminada da Amazônia por meio da assinatura de decretos, que viabilizavam o Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. Depois das mortes, o Congresso do país decidiu suspender tais normas.
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