As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) defenderam hoje (27/5) que os cidadãos do país se abstenham de comparecer às urnas nas eleições presidenciais, que serão realizadas no próximo domingo (30/5).
De acordo com a organização, os nove postulantes à presidência “se esforçam para demonstrar submissão frente ao império, assumindo posições contra os vizinhos e com os joelhos no solo frente” aos Estados Unidos.
“É obscuro o horizonte que desejam esses candidatos e, por essas razões, estamos convocando à abstenção, convencidos de que só a força de mobilização de todos os colombianos poderá impor um destino certo de paz e justiça”, indicou um comunicado do comando das Farc.
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No texto, difundido nesta quinta-feira pela agência Anncol, o grupo armado relembra sua história e argumenta que a intenção era conquistar “uma mudança de regime” pacificamente, mas que essa “via nos foi fechada violentamente com o pretexto fascista oficial de combater supostas 'repúblicas independentes'”.
“Nestes 46 anos de árdua luta, temos crescido devido ao compromisso de luta com os cada vez mais numerosos camponeses sem terra, (…) em memória de todas as vítimas do terrorismo de Estado em todos esses anos”, declararam as Farc.
A poucos dias das eleições presidenciais, o governo colombiano aumentou o contingente responsável pela segurança dos candidatos e dos locais de votação. No entanto, as ações armadas da guerrilha têm sido mais frequentes nos últimos dias, ainda que não na mesma proporção de pleitos anteriores.
Os dois principais presidenciáveis são o governista Juan Manuel Santos, ex-ministro da Defesa do mandatário Álvaro Uribe, e o oposicionista Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá. Cerca de 30 milhões de cidadãos estão habilitados para comparecer às urnas.
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