Os governos de Argentina, Chile, Brasil e Venezuela condenaram o ataque de Israel ao comboio “Flotilha da Liberdade”, que estava no Mar Mediterrâneo e seguia em direção a Faixa de Gaza com o objetivo de levar ajuda humanitária aos palestinos que vivem na região.
Após lamentar a morte das vítimas e pedir à ONU (Organização das Nações Unidas) que tome decisões imediatas “que levem à paz justa e duradoura na região”, o governo da argentina Cristina Kirchner divulgou um comunicado oficial afirmando: “O governo argentino condena o ataque perpetrado em águas internacionais por forças israelenses contra a 'Frota da Liberdade', de bandeira turca, que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.”
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Além disso, a Argentina pediu “o fim imediato de atos de violência que agravam a situação no Oriente Médio e o fim do bloqueio contra a população de Gaza, permitindo a livre circulação de pessoas e o ingresso de ajuda humanitária à região”.
Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo chileno disse “deplorar a violenta reação” e condenou “o uso da força em todas as suas formas e especialmente neste caso”, que deixou “mortos e feridos entre tripulantes e passageiros civis de embarcações”.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também se manifestou, condenando “energicamente o brutal massacre cometido pelo Estado de Israel”.
Segundo o comunicado emitido pela chancelaria venezuelana, houve uma “ação de guerra empreendida pelo exército israelense contra civis indefesos que tentavam levar ajuda humanitária ao povo palestino de Gaza sujeito ao criminoso bloqueio imposto” por Israel.
Além disso, Chávez disse que “o governo revolucionário da Venezuela continuará denunciando a natureza terrorista e criminosa do governo de Israel” e que mais do que nunca reitera seu “compromisso inquebrantável com a luta do povo palestino pela liberdade, a soberania nacional e a dignidade”.
Também em nota oficial, o governo do Paraguai expressou “sua mais enérgica rejeição a todo tipo de agressão, da mesma forma que condena o uso de toda força que viole os princípios fundamentais do direito internacional”, expressa a Chancelaria em comunicado”.
Brasil
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou “choque e consternação” com o ataque, por meio de um comunicado emitido pelo MRE (Ministério das Relações Exteriores).
Em nota, o governo brasileiro afirma que o representante de Israel será chamado e que o Itamaraty atuará diretamente nas buscas de informação sobre a cineasta brasileira Iara Lee, que estava na frota atacada.
“Com choque e consternação, o governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza”, afirmava a nota.
Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cobrou uma atitude e um posicionamento imediato da ONU em relação a Israel.
“Vai ficar uma marca muito forte. É algo que necessita de um tipo de ação da ONU e esperamos que o presidente do Conselho de Segurança [da ONU] dê uma declaração forte.
O Itamaraty chamou o embaixador de Israel para manifestar nossa indignação em relação ao ato. Espero que Israel atenda ao que foi solicitado”, disse ao deixar a reunião da Comissão Econômica para Países da América Latina, que ocorre em Brasília.
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