Os defensores dos imigrantes criticaram hoje (4/6) a aprovação no estado norte-americano do Tennessee de uma lei que permite às empresas exigir que seus empregados falem apenas inglês no local de trabalho.
O Senado desse estado aprovou ontem uma lei que especifica a necessidade de utilizar o inglês por razões de “segurança e rendimento” e requer que os empregadores notifiquem seus empregados sobre as consequências de não cumprir com a política. Os defensores argumentam que a disposição é uma medida de “proteção” para as empresas em casos de processos.
Por sua vez, os que se opõem asseguram que a lei é “confusa” e não “esclarece” especialmente aos pequenos empresários quando o inglês deve ser utilizado por “necessidades de negócios”.
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“Poderiam estar violando leis federais. Vamos monitor a situação e incentivamos os imigrantes a denunciar situações de discriminação”, explicou à Agencia Efe Elias Feghali, porta-voz da Coalizão pelos Direitos dos Imigrantes e Refugiados (TIRRC), com sede em Nashville, capital do estado.
No entanto, a medida especifica que o trabalhador não terá problemas com o patrão se falar outro idioma diferente ao inglês durante sua hora do almoço, períodos de descanso ou outro tempo livre, sempre e quando não realizar suas funções trabalhistas. O governador Phil Bredesen deve assinar a lei em breve.
Outras medidas
Durante as últimas semanas, os legisladores do Tennessee aprovaram medidas e resoluções prejudiciais para os imigrantes “ilegais”. Uma delas reivindica que as autoridades carcerárias investiguem o estado migratório dos presos se eles não puderem demonstrar que se encontram legais no país.
A resolução também “elogia” o estado do Arizona por aprovar a lei SB 1070 que incita o perfil racial, embora até o momento nenhum legislador deste estado insinuou ou apresentou uma medida similar.
Apesar disso, o legislativo rejeitou uma proposta que queria que os exames para obter a carteira de motorista fossem oferecidos apenas em inglês.
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