O Governo de Israel anunciou, nesta quinta-feira (17/06), medidas que aliviam o bloqueio à Faixa de Gaza e permitirão a entrada de produtos de uso civil ao território palestino.
Segundo comunicado do gabinete de Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, “O Gabinete de Segurança manteve uma ampla discussão nos últimos dois dias em referência aos ajustes da política de Israel sobre Gaza” uma das decisões, foi “aliviar o sistema da entrada de bens civis em Gaza”.
O núcleo do Gabinete de Netanyahu também aceitou “expandir o fluxo de materiais para projetos civis que estejam sob supervisão internacional mas continuam com os procedimentos de segurança que proibem a entrada de material de guerra”.
“Nos próximos dias, o Governo decidirá os passos adicionais que serão tomados para que esta política seja efetivada”, indica o comunicado, que convoca a comunidade internacional a trabalhar para a libertação imediata do soldado Gilad Shalit, capturado por milícias palestinas de Gaza há quatro anos.
A medida representa a cessão do Governo israelense à pressão internacional, que havia reiterado suas chamadas ao fim do bloqueio a Gaza após o ataque à frota humanitária internacional que se destinava a região no último dia 31 de maio e terminou com a morte de nove ativistas turcos.
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A representante europeia de Assuntos Exteriores e vice-presidente da Comissão europeia, Catherine Ashton, pediu na quarta-feira em discurso perante o Parlamento Europeu em Estrasburgo que seja encerrado o bloqueio que, assinalou, “causa danos às pessoas, impede a reconstrução, alimenta o radicalismo e dá autoridade ao Hamas”.
Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, tacharam como “insustentável” o cerco à faixa, governada pelo Hamas e na qual vivem um milhão e meio de pessoas, e exigiu a revisão de suas condições.
Na semana passada, Israel começou a afrouxar o cerco a Gaza e anunciou que permitiria a entrada de refrescos, sucos, frutas em conserva, bolachas, aperitivos e batatas fritas, medida que os palestinos consideraram insuficiente.
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