O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que é necessário um sistema de imigração para toda a nação que “reflita nossos valores como um Estado de Direito e um país de imigrantes”. Obama fez um discurso nesta quinta-feira (1º/7) em defesa da necessidade de uma reforma migratória exaustiva no país, na Faculdade de Diplomacia da Universidade Americana, em Washington.
No discurso para um público de 250 pessoas, que durou cerca de meia hora, o presidente norte-americano afirmou que a reforma do sistema de imigração é um assunto que foi usado para dividir e inflamar a população. No entanto, ele se disse convicto de que é possível “deixar a política de lado” e que tanto democratas quanto republicanos se unam para aprovar um sistema que “preste contas”.
A maioria dos norte-americanos e dos parlamentares democratas, segundo Obama, “estão preparados” para uma reforma que inclua a regularização dos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA; multas para os empresários que os contratam e que reforce a segurança na fronteira.
Para levá-la adiante, o presidente acredita serem necessários votos da oposição republicana. Com os apenas 58 votos democratas no senado não há a quantidade suficiente para garantir que a medida seja aprovada.
“Sem o apoio republicano, não poderemos resolver o problema, esta é a realidade política e matemática”, disse Obama, depois de lembrar que, em tentativas anteriores de aprovar a reforma, o governo contou com o apoio de membros do partido.
O presidente reconheceu que o atual sistema fracassou e que, como resultado, muitos cidadãos estão frustrados com a situação. Segundo ele, isso deu lugar a iniciativas como a lei de imigração do Arizona, que criminaliza os imigrantes ilegais e que o presidente norte-americano criticou como “mal concebida” e que pode originar discriminação contra os hispânicos. Para Obama, leis como essa “colocam uma enorme pressão contra as forças da ordem locais que se veem obrigadas a fazer cumprir leis impossíveis”.
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