O governo nigeriano reconsiderou nesta segunda-feira (5/7) a decisão de suspender as atividades da seleção nigeriana, a pedido da Fifa (Federação Internacional de Futebol). Na última quarta-feira (30/6), o presidente do país, Goodluck Jonathan, decidiu suspender o time por dois anos por conta do fraco desempenho na Copa do Mundo, que rendeu a eliminação ainda na primeira fase.
Dois dias depois, a Fifa estabeleceu um prazo de 48 horas para que a decisão fosse revogada e ameaçou suspender a federação do país, inabilitar de todas as equipes nacionais, clubes e árbitros de participarem de competições internacionais. Com isso, a federação nigeriana perderia por prazo indeterminado a ajuda financeira que recebe da Fifa, já que a atitude do governo fere o regulamento da federação, pois proíbe a interferência de governos em assuntos ligados à entidade.
“Não se pode permitir que um governo decida que todas as suas equipes nacionais não possam jogar nenhum torneio internacional. Somos 208 membros, e se um país for contra nossos estatutos, vai contra todo o sistema do futebol”, justificou o secretário-geral da organização, Jerome Valcke.
Punição
No último sábado (3/7), uma fonte ligada ao governo local havia dito, segundo agência de notícias espanhola Efe, a presidência da Nigéria iria ignorar o ultimato dado pela Fifa, que ameaçou punir o país. De acordo com a fonte, que não foi identificada, Jonathan “contou com a previsível reação da Fifa”, e considerou que não deveria “se assustar” perante a ameaça de uma possível suspensão.
Entretanto, a decisão foi revogada e o porta-voz do governo, Tony Ohaeri, defendeu a medida. “Tudo isso foi feito em nome do interesse superior do futebol”, declarou o representante. Antes disso, a federação nigeriana havia demitido o presidente Sani Lulu, o vice, Amanzé Ugbulam e o chefe da comissão técnica, Taiwo Ogunjobi para convencer o governo a voltar atrás, acabar com o impasse e evitar a punição da Fifa.
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