O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condicionou debater o avanço dos assentamentos judaicos a negociações diretas com os palestinos. Após se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Nova York, e discutir com ambos questões como a situação em Gaza e o processo de paz no Oriente Médio, Netanyahu diz estar pronto para a retomada de diálogos com as autoridades palestinas.
“Esta será uma negociação muito, muito difícil, portanto, quanto mais rápido, melhor”, disse o primeiro-ministro. Para ele, as negociações agora devem ser diretas e não precisam de “condições prévias” para se efetivar. Até hoje israelenses e palestinos haviam mantido conversações indiretas por meio do enviado norte-americano para o Oriente Médio, George Mitchell, porém a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia estagnou as conversações.
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Questionado pelo apresentador da rede norte-americana de televisão CNN Larry King sobre a prorrogação da moratória de dez meses que declarou na construção dos assentamentos, o primeiro-ministro disse que seu país está disposto a tomar medidas adicionais para facilitar as negociações de paz. “Se começarmos o diálogo direto, uma das coisas que abordaremos imediatamente é o assunto dos assentamentos. Isso é o que proponho que seja feito”, garantiu.
Gaza
Ban Ki-moon, assim como Obama, elogiou Netanyahu pelas novas medidas adotadas pelo Estado judeu para facilitar a entrada de bens em Gaza, aliviando o bloqueio. Israel recebeu uma série de críticas e pressão internacional em decorrência do ataque israelense ao comboio humanitário que levava ajuda à região no dia 31 de maio.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, por sua vez, também se disse preparado para a retomada das negociações, mas garantiu que isso só será feito mediante a aceitação das condições colocadas pelos palestinos, como a interrupção da construção dos assentamentos na Cisjordânia.
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