Três dos quatro colaboradores da empresária Liliane Bettencourt, dona da L'Oréal, interrogados desde quinta-feira na divisão financeira da polícia de Paris, foram postos em liberdade nesta sexta-feira (16/7), após 36 horas de detenção.
A emissora FranceInfo divulgou que François-Marie Banier, Fabrice Goguel e Carlos Vejarano foram libertados. Já Patrice de Maistre, gerente da fortuna de Bettencourt, permanece preso.
Os interrogatórios buscavam esclarecer as suspeitas de lavagem de dinheiro e fraude fiscal contra todos eles, depois de nas últimas semanas serem feitas inúmeras revelações sobre operações duvidosas de Bettencourt.
Banier, um dos amigos mais próximos da dona da L'Oréal, foi interrogado sobre em que condições ele recebeu presentes de Bettencourt no valor de 1 bilhão de euros. O advogado Goguel, segundo escutas em mãos da Justiça, se encarregava das contas de Bettencourt na Suíça, mas também de uma propriedade nas ilhas Seicheles, comprada em 1997, que, de acordo com informações da imprensa local, servia para evasão fiscal. Já Vejarano, espanhol residente na Suíça com interesses imobiliários na França, é investigado sobre a montagem jurídico-legal da ilha de Arros (nas Seicheles), formalmente propriedade de uma fundação com sede no Principado de Liechtenstein, um pequeno país nos Alpes.
Por fim, as autoridades fiscais querem esclarecer a responsabilidade de Patrice de Maistre em diversas estruturas financeiras que livrassem Bettencourt de pagar impostos na França. Ele mesmo admitiu que sua cliente tinha duas contas na Suíça com o valor total de 78 milhões de euros.
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