As autoridades dos Estados Unidos e os representantes norte-americanos da petrolífera britânica BP, responsável pelo acidente no Golfo do México, mostraram otimismo com o bloqueio definitivo do vazamento de óleo, que durou mais de três meses e se confirmou como a maior catástrofe ambiental da história do país.
Nesta quarta-feira (4/8), o presidente Barack Obama, afirmou que a luta para conter o vazamento de milhões de barris “finalmente está chegando ao fim”. Ele elogiou os esforços para conter o derramamento na região, em um discurso diante do conselho executivo da central sindical AFL-CIO.
“É uma notícia muito bem-vinda”, disse o presidente, lembrando que os moradores do litoral do golfo “enfrentaram momentos particularmente difíceis” desde a explosão e afundamento da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, em 20 de abril. A plataforma ficava estacionada a 100 quilômetros do litoral do delta do rio Mississípi, no estado da Louisiana.
O presidente enfatizou que o governo continuará com os esforços de limpeza e de recuperação da área. Obama prometeu continuar trabalhando para que os responsáveis paguem pelos prejuízos causados e apoiar os estados atingidos – Texas, Louisiana, Missouri, Alabama e Flórida.
“Vamos assegurar que aqueles que foram afetados sejam indenizados e vamos estar ao lado do povo da região até que todos voltem à normalidade”, assegurou.
Confiança
Mais cedo, a BP informou que a última operação para vedar o poço definitivamente “funcionou”. Segundo um comunicado da companhia, a operação chamada static kill (eliminação estática), que começou na véspera, teve sucesso e representa “um importante passo” para conseguir interromper definitivamente o vazamento de petróleo. A operação utiliza injeção de lama pesada para tapar o buraco aberto com a explosão da plataforma, a 1,5 mil metros de profundidade.
Já o almirante Thad Allen, coordenador da resposta oficial ao vazamento, estar “muito confiante” quanto ao sucesso da operação. Em entrevista coletiva na Casa Branca, Allen assegurou que as chances “aumentaram substancialmente” nas últimas 24 horas.
Segundo Allen, os cientistas e engenheiros que trabalham no Golfo do México debatem agora as possibilidades de vedar a lama pesada injetada com cimento, mas isso só acontecerá quando as condições de pressão no poço estiverem claras. O passo seguinte, de acordo com o almirante, será completar a construção de um duto auxiliar que permitirá fechar a parte inferior do poço danificado.
Mãe Natureza
A assessora de energia da Casa Branca, Carol Browner, afirmou que 74% do óleo vazado desde abril já foi recolhido, queimado, evaporado ou decomposto por processos naturais.
“A Mãe Natureza fez sua parte”, disse Browner no programa Today da rede de TV NBC.
Segundo um estudo do governo norte-americano divulgado pelo jornal The New York Times, “grande parte do resto do petróleo está tão diluído que não parece apresentar um grande risco de danos. Cerca de 26% do petróleo vazado do poço aberto da BP ainda está na água ou nas margens em uma forma que, em princípio, poderia causar novos problemas. Mas a maior parte está como uma fina camada na superfície do oceano ou se dispersou sob a superfície, e os cientistas federais acham que está se decompondo rapidamente nas duas áreas”.
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