A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmou nesta segunda-feira (9/8) que o Irã recorreu a um segundo conjunto de centrífugas para tornar mais eficaz o processo de enriquecimento de urânio na usina nuclear de Natanz, contrariando as resoluções da ONU sobre o assunto.
“A AIEA pode confirmar que, em 17 de julho, quando os inspetores do órgão estiveram na Usina Piloto de Enriquecimento de Combustível (PFEP, na sigla em inglês), o Irã estava alimentando com material nuclear duas cascatas de 164 centrífugas, interconectadas entre si”, disse Gill Tudor, porta-voz do organismo.
Tudor lembrou que isso vai contra o estipulado nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, segundo as quais o Irã deve suspender toda atividade relacionada ao enriquecimento de urânio. O relatório do diretor-geral da AIEA enviado ao Conselho de Governadores em 31 de maio já dizia que Teerã tinha informado ao organismo em março sobre suas intenções de interligar duas cascatas na PFEP em Natanz, a 250 quilômetros ao sul de Teerã, para usá-las na produção de urânio enriquecido a 20%.
O processo de enriquecimento de urânio é uma atividade legal, mas controvertida devido ao seu possível uso duplo, militar e civil. Segundo o Irã, o objetivo destas atividades é criar combustível para um reator de pesquisa médica.
Diante da negativa do Irã de suspender este tipo de atividade, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções ao regime de Teerã. Além disso, Estados Unidos e os países da União Europeia impuseram sanções adicionais.
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