(atualizado às 17h24)
Um homem foi ferido a tiros ao invadir a embaixada da Turquia em Israel, fazer reféns e pedir asilo político contra o que chamou de “judeus assassinos”, noticiou a imprensa dos dois países nesta terça-feira (17/8).
O invasor foi identificado como Nadim Injaz, palestino de Ramalá e ex-colaborador dos serviços secretos de Israel. Ele teria sido atingido por disparos de origem ainda não divulgada depois de entrar no prédio da embaixada, que fica em Tel-Aviv. O pessoal da embaixada turca informou às autoridades israelenses que Injaz está em bom estado e deve ser levado para o hospital sob escolta policial.
O refém seria um funcionário da embaixada, de acordo com fontes da agência de notícias turca Anadolu.
Segundo informações da TV Al-Arabiya, Injaz teria tirado as roupas na rua antes de entrar no prédio. A embaixada da Turquia fica na avenida Yarkon, em frente à orla da praia em Tel-Aviv.
Testemunhas na rua Hayarkon, ao lado do prédio, relataram à imprensa local ter ouvido tiros no início da noite (início da tarde no Brasil) e chamado a tropa de choque da polícia. Mas os seguranças da embaixada turca teriam proibido a entrada dos policiais israelenses, já que representações diplomáticas são território soberano dos respectivos países.
Efe
Após a invasão, soldados israelenses montaram guarda em frente a embaixada turca
O advogado Avital Horesh, que se apresentou como representante de Injaz, disse ao jornal israelense Yedioth Ahronoth que seu cliente tinha sido preso por crimes em Israel durante um ano. Há duas semanas, ele teria sido solto em um posto de controle na região da Judéia e Samária.
“Mas, como ele queria continuar vivo, ele fugiu para Israel novamente”, disse o advogado, acrescentando que Injaz pediu asilo político na Turquia.
Segundo o jornal, Injaz teria sido procurado por vários nos Territórios Palestinos anos sob acusação de traições e de colaboração com Israel.
Antecedentes
De acordo com outro jornal israelense, Haaretz, o mesmo Injaz teria feito ação semelhante na embaixada britânica em Tel Aviv, quatro anos atrás, alegando estar armado. Na ocasião, ele ameaçou se matar se não recebesse asilo no Reino Unido. O pedido não foi atendido e Injaz acabou rendido. A polícia, na época, descobriu que ele carregava uma arma de brinquedo.
A família de Injaz se recusou a comentar o caso com a imprensa.
Ainda segundo o Yedioth Ahronoth, o Ministério das Relações Exteriores de Israel estava coordenando o caso “à luz da sua sensibilidade diplomática”
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