Israel impede o acesso de palestinos a 17% do território e águas territoriais da Faixa de Gaza, que inclui zonas de cultivo e pesca, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira (19/8) pelo UNOCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários) e pelo Programa Mundial de Alimentos.
“Nos últimos dez anos, as forças de defesa de Israel restringiram progressivamente o acesso dos palestinos a terras cultiváveis na Faixa de Gaza assim como a zonas de pesca ao longo de sua costa”, diz o relatório.
O documento foi elaborado para conhecer o alcance de todas as restrições israelenses ao território.
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Baseado em mais de 100 entrevistas e em dados de diferentes fontes, o texto afirma que, apelando a necessidades de segurança, desde 2008 o exército israelense impede que palestinos entrem em zonas fronteiriças, que, às vezes, se estendem até 1.500 metros dentro do território palestino.
Restrições
Na zona litorânea, as restrições só permitem aos pescadores trabalhar até um limite de 4,5 quilômetros, e Israel impede o acesso a 85% das águas territoriais às quais têm direito, segundo os Acordos de Oslo.
Cerca de 178 mil pessoas são afetadas diretamente pelas restrições, que dificultam a capacidade de milhares de famílias de ter acesso a uma vida digna por meio do cultivo de suas terras.
O exército israelense, segundo o dossiê, costuma fazer disparos de advertências a qualquer palestino que viola as restrições e entre nas zonas proibidas, o que causou a morte de pelo menos 22 pessoas e ferimentos em outras 146 desde janeiro de 2009, quando terminou a ofensiva na Faixa de Gaza.
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