O governo da Moldávia anunciou a apreensão de 1,8 quilo de urânio contrabandeado por uma quadrilha que incluía ex-funcionários públicos da antiga república soviética, que tem fortes laços étnicos com a vizinha Romênia. Sete suspeitos foram presos por acusação de porte ilegal da substância.
A apreensão e as prisões aconteceram na última sexta-feira (20/8), mas só foram reveladas nesta terça-feira (24/8). O urânio apreendido pode ser usado tanto para uso civil (como energia elétrica e medicina nuclear) quanto para construção de armas nucleares.
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Segundo o promotor Viorel Morari, citado pela rádio Voz da Rússia, o produto estava armazenado em uma garagem da capital do país, Kishinev, e os criminosos não tomavam precauções contra a radiação – que era de 60 vezes acima do normal.
Já a agência de notícias francesa AFP, citando Chiril Motpan, do Ministério do Interior, publicou que a substância teria entrado na Moldávia por contrabando.
“Os criminosos levantaram suspeitas da polícia quando começaram a procurar maneiras de vender o material radioativo”, disse Motpan.
Suspeitas
A polícia moldava já vinha seguindo a quadrilha há meses. Em junho, agentes que se fizeram passar por compradores tinham comprado um grama de urânio, depois enviado para análise num laboratório dos Estados Unidos. Quando o resultado confirmou que se tratava do elemento radioativo, os policiais cercaram a quadrilha e efetuaram as prisões.
Dois dos contrabandistas presos são funcionários aposentados do Ministério do Interior. Outros envolvidos já tinham antecedentes criminais por posse de materiais radioativos, tanto na Moldávia quanto na Romênia e na Rússia. Agora, eles podem pegar até dez anos de prisão.
De acordo com o portal romeno RomanianPress.com, os criminosos planejavam para vendê-la por 9 milhões de euros (11 milhões de dólares ou 20 milhões de reais).
O urânio apreendido agora será enviado para a Alemanha para identificar sua origem.
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