As autoridades de Tennesse, no sudeste dos Estados Unidos, iniciaram nesta segunda-feira (30/8) uma investigação de um incêndio que aconteceu no sábado (28/8), no local em que será construído um centro islâmico e uma mesquita no subúrbio de Murfreesboro, próximo a capital Nashville.
De acordo com a perícia, o fogo foi ateado intencionalmente após o derrame de gasolina. Ninguém ficou ferido, mas uma máquina que trabalhava na remoção de terra do terreno e outros quatro carros foram destruídos.
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Um dia depois, nove tirou foram disparados nos arredores da construção, segundo o jornal norte-americano The Daily News Journal. O ocorrido chamou atenção de autoridades e moradores da região. Em entrevista ao canal norte-americano Channel 5 News, a porta-voz do Centro Islâmico de Murfreesboro, Carmie Ayash disse que diante dos últimos ocorridos muitos muçulmanos querem deixar suas casas próximas a futura mesquita.
“Os membros da comunidade estão muitos assustados. Como eu disse antes, estamos no Ramadã e nos reunimos a noite para quebrar o jejum juntos. Com isso, a participação e a frequência dos muçulmanos dimunuiu porque as pessoas tem medo de sair de casa”, disse.
No site do centro, Ayash assinou um comunicado em que classificou o incêndio como “um ato atroz de terrorismo”.
Nos últimos meses, a construção da mesquita e do Centro Islâmico de Murfreesboro tem sido alvo de protestos. O vice-governador de Tennessee, Ron Ramsey, por exemplo, já se mostrou contra as obras na região e sugeriu que o islamismo não pe uma religião, mas sim uma seita. Outros opositores, que foram as ruas carregando cartazes com slogans como “As mesquitas são monumentos ao terrorismo” alegam que a construção do centro poderia posteriormente se tornar um local de treinamento de terroristas.
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