O Departamento Geral de Fiscalização da Colômbia, o equivalente à Procuradoria-Geral da República, e a Organização Internacional para as Migrações, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), entregam hoje (31/8) 11 ossadas de vítimas de guerrilhas e grupos paralimitares no país.
Os corpos são de pessoas que desapareceram no período de 1986 a 2004. Pelos dados oficiais, 30.710 pessoas estão desaparecidas na Colômbia e a principal suspeita é que sejam vítimas destes grupos.
As informações são da ONU e do Departamento Geral de Fiscalização da Colômbia. As 11 ossadas – dez homens e uma criança – foram localizadas nas cidades de Cundinamarca, Boyacá, Meta e Guaviare. Até o final de julho, corpos de 3.407 vítimas de violência foram localizados, mas apenas 633 identificados.
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O Escritório da Unidade Nacional de Justiça e Paz informou que no total foram entregues os restos mortais de 1.002 pessoas vítimas de violência cometida por guerrilhas e grupos paramilitares no país. Desde 2006, o governo da Colômbia e a Organização Internacional para as Migrações coordenam as ações referentes à identificação e entrega de corpos de vítimas de violência no país.
As autoridades colombianas e estrangeiras, por meio de uma série de medidas, afirmam que as famílias têm acesso à verdade, justiça e compensação em decorrência dos crimes que os parentes foram vítimas.
O Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia confirmou ontem (30/8) a prisão de um dos foragidos mais procurados do país. Apontado como o responsável pelo massacre de 69 agricultores, em fevereiro de 2000, o ex-sargento do Exército Luis Francisco Robles Mendoza, conhecido como “Amaury”, foi preso na área rural de Astrea, na província de Cesar. Ele é alvo de 12 mandados de prisão e 25 processos de investigação conduzidos por detetives em parceria com o Exército.
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