O julgamento do ex-presidente da República Sérvia da Bósnia Radovan Karadzic foi retomado nesta segunda-feira (6/9) no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), cujos juízes consideram preocupante que o processo siga um ritmo tão lento e possa levar quatro anos.
O processo é retomado após duas semanas de recesso concedidas a Karadzic para estudar o material que a acusação entregou recentemente com novas provas. Segundo o acusado, que faz a própria defesa, algumas das provas podem provar que ele é inocente. Essas provas são relacionadas aos diários do ex-comandante militar servo-bósnio Ratko Mladic, encontrados na casa de sua mulher.
O juiz se queixou tanto da “quantidade sem precedentes” de documentação apresentada pela promotoria, bem como da “infinidade de moções” apresentadas pelo réu, que começou em outubro de 2009. O TPII deveria terminar o processo em primeira instância antes de 2012, de acordo com o mandato das Nações Unidas.
Karadzic culpa os promotores pela demora, mas ele mesmo se negou a assumir um advogado de defesa, o que agilizaria o julgamento, e pediu adiamentos por se queixar da falta de tempo para preparar a defesa. Ele é acusado de 11 crimes de guerra e contra a humanidade, que teriam sido cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).
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