O vice-primeiro-ministro do Timor-Leste, Mario Carrascalão, apresentou nesta quarta-feira (8/9) sua renúncia após denunciar a corrupção “desenfreada” no governo e manter uma troca de farpas com o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
Gusmão chamou Carrascalão de “estúpido mentiroso”, depois que ele acusou o líder de estar envolvido em um caso de corrupção de 300 milhões de dólares no Ministério das Finanças.
Leia mais:
Mídia internacional ignora indícios de fraude e publica notícia sobre restaurante canibal
A mídia é o grande prato do restaurante canibal
A “imprensa livre” e os eventos no Memorial
Libelu, Rolando Lero e Gustavo Corção na “Confecom da direita”
“Com 73 anos, pela primeira vez em minha vida alguém me chama de 'estúpido mentiroso'. Como cidadão normal, minha resposta foi deixar o cargo”, disse o Carrascalão à imprensa após entregar a carta de renúncia a Gusmão.
“A corrupção e o nepotismo estão desenfreados, e os corruptores gozam de proteção. Muitos falam de erradicar a corrupção, mas são poucos os que têm boas intenções e fazem algo”, acrescentou.
O governo timorense recebeu várias acusações contra políticos em altos cargos, incluindo as ministras de Finanças e de Justiça, apesar de contar desde fevereiro com uma comissão anticorrupção.
Após quatro séculos de colonização portuguesa, 24 anos de ocupação indonésia e outros três sob administração da ONU, Timor-Leste conquistou independência em 20 de maio de 2002 e, desde então, o país foi atingido por várias crises por conta de conflitos internos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL