A FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) de Honduras entregou nesta terça-feira (21/9) uma placa à embaixada brasileira em agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por permitir que o ex-presidente Manuel Zelaya, destituído por um golpe de Estado, permanecesse na sede diplomática do Brasil.
Zelaya, deposto e expulso do país em 28 de junho de 2009, retornou a Honduras em 21 de setembro de 2009 e conseguiu refúgio na representação brasileira, onde permaneceu por 129 dias até ir para a República Dominicana, em 27 de janeiro de 2010, dia em que Porfirio Lobo – eleito em votações sob o regime golpista – assumir o poder.
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A FNRP agradeceu a Lula e ao governo por oferecer “toda a segurança, respaldo e hospitalidade” a Zelaya e à sua esposa, Xiomara Castro, além de abrigar vários membros da resistência contra o golpe.
Em um comunicado, os ativistas recordaram que Lula repudiou a ação contra o mandatário constitucional hondurenho, além de expressar “apoio ao povo hondurenho na resistência, que desde o mesmo dia 28 de junho passou a ser alvo da brutal repressão por parte do regime ilegítimo e golpista”.
O presidente brasileiro mostrou aos “estados democráticos de nossa América que os fatos registrados a partir de 28 de junho representam um retrocesso nos avanços da vida institucional de nosso povo e uma clara ameaça à estabilidade política, social e econômica” da região, disseram, no texto.
A FNRP enfatizou também que “o povo organizado avança em busca de uma Assembleia Nacional Constituinte popular para refundar o Estado”, hoje “anarquizado pelos mesmos grupos de poder que cometeram o golpe de Estado, em aliança estratégica com políticos tradicionais, militares e forças invasoras do império norte-americano”.
A organização já superou sua meta de obter 1,25 milhão de assinaturas para convocar uma constituinte e exigir o retorno, sem condições, de Zelaya ao país.
O Brasil é um dos países que ainda não reconhecem o governo de Lobo, já que o processo eleitoral ocorreu sob um governo de facto.
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