A Cepal (Comissão Econômica da América Latina e Caribe) informou nesta segunda-feira (27/9) que não vai se pronunciar sobre o protesto das 14 pessoas que invadiram sua sede, em Santiago do Chile, em apoio à greve de fome dos índios mapuches presos.
“Os representantes do grupo mapuche foram informados pela Cepal que, como parte da política institucional da ONU, a Secretaria Geral não pode considerar um pronunciamento público enquanto o grupo que permanece nesta comissão não se retirar”, anunciou o organismo.
As 14 pessoas (11 adultos e três menores), simpatizantes da causa mapuche, entraram na sede na quinta-feira passada (23/9) em apoio aos 34 indígenas que estão em greve de fome, alguns há 78 dias. O protesto é contra a aplicação da chamada Lei Antiterrorista, elaborada na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e usada para enquadrar os índios devido a manifestações nas quais exigem as terras que pertenciam a seus ancestrais.
Nesta segunda-feira (27/9), a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, visitou o grupo defensor dos mapuches para constatar as condições de sua permanência no local. Uma porta-voz do grupo entregou à Cepal uma carta dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressando preocupação com os índios.
“A mensagem foi transmitida pessoalmente por Alicia Bárcena, que se encontrava na sede da ONU em Nova York participando da Assembleia Geral do organismo”, informou a entidade. “Além disso, uma cópia da carta foi entregue aos representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Missão Permanente do Chile nas ONU”.
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