As autoridades israelenses prenderam dois britânicos que viajavam em um barco que tentava romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza, informou a organização “Judeus pela Justiça para os Palestinos” nesta quarta-feira (29/9).
O Irene, embarcação com bandeira britânica e fretado por organizações judias internacionais, foi abordado ontem pela Marinha israelense quando se aproximava da reigão bloqueada.
Leia mais:
Forças israelenses interceptam embarcação humanitária que se aproximava da Faixa de Gaza, diz jornal israelense
Israel face à sua história, por Eric Rouleau
Opinião: O Estado de Israel é a origem do ódio
Gaza é prisão a céu aberto, diz primeiro-ministro britânico
Os dois britânicos – o capitão Glyn Secker e a fotógrafa Vish Vishvanath – foram levados a um centro de imigração em Israel e serão deportados, segundo uma porta-voz dos ativistas.
De acordo com a organização, que perdeu contato com Secker na terça-feira às 6h37 (pelo horário de Brasília), os dois britânicos estão sob custódia policial no aeroporto Ben Gurion, de Israel, de onde retornarão ainda nesta quarta-feira ao Reino Unido.
“Seus representantes legais afirmaram que eles estão bem, um pouco cansados. Informamos às famílias sobre seus retornos”, assinalou em nota o grupo Judeus pela Justiça para os Palestinos.
Já o ministério britânico de Assuntos Exteriores informou que seu pessoal consular em Tel Aviv vai fornecer ajuda caso seja requisitado.
O barco – com dez ativistas procedentes do Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Israel – saiu no domingo do porto cipriota de Famagusta com a intenção de levar ajuda humanitária simbólica à população de Gaza.
O Irene foi fretado por organizações como a britânica “Judeus pela Justiça para os Palestinos”, a europeia “Judeus Europeus por uma Paz Justa”, a norte-americana “Voz Judia pela Paz” e a australiana “Judeus contra a Ocupação”.
Segundo os organizadores, trata-se de “um ato simbólico de solidariedade e protesto não violento” que pede o fim do bloqueio ao território palestino.
A expedição ocorre quatro meses depois do ataque militar de Israel contra a Flotilha da Liberdade – comboio naval que se dirigia à Faixa de Gaza em 31 de maio para levar ajuda humanitária.
Desde 2007, depois que o Hamas, partido vencedor das eleições de 2006, assumiu o poder no território palestino, Israel impõe bloqueio à Faixa de Gaza. Segundo o governo, o objetivo é impedir a entrada de armas que poderiam ser usadas pelo Hamas para atacar Israel.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL