A expectativa no Chile é que até amanhã (9/10) uma das máquinas perfuradoras que escava o local onde estão soterrados há dois meses 33 trabalhadores atinja o abrigo. Faltam menos de 80 metros para chegar ao ponto onde estão os mineiros, isolados a 700 metros de profundidade na Mina de San José, no Deserto de Atacama.
Segundo as autoridades, é possível que ainda hoje as famílias façam contato com os mineiros. Elas alertaram, porém, que o resgate pode não ser imediato, pois a operação depende das condições técnicas e do terreno.
O plano é retirar os mineiros aos poucos. Um tubo metálico será instalado e por ele passarão as cápsulas que serão usadas no transporte dos trabalhadores. Cada um será retirado por meio de uma cápsula, espécie de gaiola, com o apoio de um brigadista. Ao chegar à superfície, o mineiro será levado para um hospital de campanha. Ainda não foi decidida a ordem de retirada.
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O objetivo é dar os primeiros atendimentos aos trabalhadores em um hospital montado próximo à mina. Em seguida, serão levados de helicóptero para a cidade de Copiapó, a maior da região. Uma das orientações é em relação à visão dos mineiros, uma vez que eles estão há dois meses sem ver a luz do sol e longe da claridade.
Os trabalhadores estão soterrados desde 5 de agosto, quando houve o desabamento de terra sobre o único canal que ligava a superfície ao subterrâneo. Os mineiros demoraram duas semanas para dar sinais de que estavam vivos. Desde então, o dia a dia deles tem sido acompanhado por um esquema gigantesco de especialistas e de profissionais de imprensa.
Houve quatro vídeos gravados pelos próprios trabalhadores, relatando as condições de vida no abrigo, mensagem às famílias e autoridades. Também foi montado um esquema de comunicação para que pudessem falar por telefone e assistir televisão.
Mensagens
O governo do Chile disponibilizou um canal para mandar mensagens aos mineiros. No canal, hospedado no site do governo chileno, é possível deixar um mensagem preenchendo os espaços com nome, e-mail e cidade/país do emissor. Clique aqui para acessar.
No site do governo, há mensagens de internautas do Chile, Espanha, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Suécia e Alemanha, entre outros países.
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