O governo de Israel aprovou neste domingo (10/10) uma emenda legislativa que obriga não judeus em busca da cidadania israelense que jurem lealdade ao país como “estado judeu e democrático”. A emenda, proposta pelo ministro de Exteriores, o ultradireitista Avigdor Lieberman, deve ser submetida à aprovação do parlamento, onde o governo de direita tem maioria. Embora poucos não judeus peçam a cidadania israelense, a proposta causou polêmica entre os árabes, que representam 20% da população de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu a emenda alegando que ela reflete a essência de Israel no momento em que, afirma ele, muitos ao redor do mundo tentam toldar a conexão entre o povo judeu e sua terra natal. “O estado de Israel é o estado nacional do povo judeu e é um estado democrático no qual todos seus cidadãos – judeus e não judeus – gozam de direitos iguais”, disse Netanyahu. “Qualquer um que queira se juntar a nós tem de nos reconhecer”, concluiu.
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Ahmad Tibi, um parlamentar árabe, interpretou a proposta como uma provocação. “Seu intento é solidificar o status inferior dos árabes em lei”, afirmou. “Netanyahu e seu governo estão limitando a esfera da democracia em Israel e aprofundando o preconceito contra a minoria árabe”.
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