Não curtiu: Ações do Facebook despencam após rede perder usuários pela 1ª vez na história
Concorrência com plataformas como TikTok é principal fator para perda de usuários diários, segundo Meta; ações caíram mais de 25%
As ações do conglomerado de tecnologia e redes sociais Meta (empresa que controla o Facebook) despencaram nesta quinta-feira (03/02), registrando uma queda de 25,75% na Bolsa de Nova York. Essa foi a pior queda na história da empresa criada em 2004.
A queda acontece um dia após a gigante da mídia social, que também controla Instagram e WhatsApp, anunciar que perdeu usuários em suas plataformas nos Estados Unidos e no Canadá pela primeira vez na história. Só o Facebook perdeu um milhão de usuários diários, algo inédito para a rede social em seus 18 anos de existência.
A queda nas ações do Facebook já fizeram com que a fortuna do fundador da empresa, Mark Zuckerberg, encolhesse cerca de 31 bilhões de dólares.
A concorrência do Facebook com outras plataformas, principalmente a chinesa TikTok, é vista pela Meta como um dos principais fatores que geraram a perda de usuários. Como estratégica de mercado, Zuckerberg anunciou no ano passado a criação do Metaverso, aplicação que mistura experiências virtuais e reais com uso de óculos inteligentes. Entretanto, a novidade não tem dado resultados, alcançando um prejuízo de US$ 10 bilhões no ano passado, cifra dez vezes maior do que a que o grupo pagou para comprar o Instragram em 2012.
LoboStudioHamburg/Pixabay
Pela primeira vez na história, a gigante das mídias sociais também anunciou perda de usuários nos Estados Unidos e no Canadá
O movimento que derrubou as ações da empresa nesta quinta também afetou outras gigantes da tecnologia, como Twitter e Amazon, que caíram cerca de 6%. O Snapchat chegou a sofrer queda de mais de 18%, enquanto Google e Microsoft apresentavam perdas de 0,5% e 1% respectivamente.
Mesmo sofrendo com perda de usuários e queda nas ações no início de 2022, a receita da Meta subiu 20% nos três últimos meses de 2021 em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, chegando a US$ 33,67 bilhões, contra US$ 28,07 bilhões em 2020.
Entretanto, o grupo prevê que a plataforma Facebook terá seu pior desempenho no primeiro trimestre de 2022, estimando que o faturamento deva ficar entre US$ 27 bilhões e US$ 29 bilhões, quando era esperado algo em torno de US$ 30,15 bilhões.
