A pandemia do novo coronavírus e sua disseminação têm colaborado para que o mundo esteja em alerta para conter a doença. Segundo o mapa da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, já há mais de 265 mil pessoas infectadas, além de 11.147 mortes.
Conforme o vírus foi se alastrando pelos países, as fake news também surgiram. As notícias se espalham em redes sociais e aplicativos de mensagens. Muitas delas envolvem o tempo de vida do vírus, formas de proteção e teste caseiro para diagnosticar se uma pessoa está ou não infectada.
Conheça algumas das fake news mais “populares”:
Siga EM TEMPO REAL e com gráficos didáticos o avanço do novo coronavírus no mundo
“Óleo consagrado”
Uma das fake news que foi espalhada é de um “óleo consagrado” que pode “imunizar contra qualquer epidemia, vírus ou doença”. O Ministério da Saúde do Brasil afirma que até o momento não há nenhum tratamento para o novo coronavírus, somente “tratamentos experimentais em avaliação”.
O ministério ressalta que o tratamento médico visa “fornecer suporte” aos pacientes que forem infectados e apresentam um quadro grave de saúde.
“Respire fundo para diagnosticar coronavírus”
A desinformação sobre o novo coronavírus também criou uma notícia sobre um “teste” para diagnosticar se uma pessoa está com o novo coronavírus. A fake news diz que se deve respirar fundo e prender a respiração por 10 segundos. Se a pessoa não tossir em seguida, ela não está infectada.
O Ministério da Saúde brasileiro afirma que a confirmação da doença é somente feita com o teste que é realizado em hospitais e laboratórios autorizados.
Patrick Cordova/ Guarda Nacional Aérea dos EUA
Forma mais eficaz para confirmar contaminação do coronavírus é teste realizado em hospitais e laboratórios
“Uso de cocaína protege contra coronavírus”
O Ministério da Saúde da França desmentiu uma notícia de que o uso de cocaína poderia proteger contra o novo coronavírus.
Pelo Twitter, o Ministério afirmou que a droga ilícita não deve ser usada e ainda lembrou que a cocaína é uma droga “viciante, que causa sérios efeitos adversos e prejudiciais à saúde das pessoas”.
“Álcool em gel não ajuda”
Um vídeo que foi repercutido nas redes sociais mostra um homem dizendo que o álcool em gel, produto usado na prevenção e higienização das mãos, não serve para proteger contra o novo coronavírus.
A notícia é falsa e o álcool em gel 70% pode ser utilizado na limpeza das mãos. A eficácia do produto foi comprovada por um estudo da Healthcare Infection Society.
“Coronavírus sobrevive por nove dias”
A revista científica Nature publicou no começo de março um estudo em que aponta o tempo que o coronavírus sobrevive em certas superfícies. A publicação diz que o vírus resiste por nove dias. No entanto, a pesquisa se refere aos resultados baseados em um estudo com outros tipos de coronavírus (MERS, SARS e com o coronavírus endêmico HCoV). Em nenhum momento, a revista diz que a pesquisa é sobre o covid-19. Pelo contrário, a Nature afirma que é “esperado um efeito similar” com o SARS-Cov-2, o novo coronavírus, mas não diz que isso acontece.
O que é verdade
Para conter a disseminação do coronavírus, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda a lavagem das mãos com frequência, com uso de água e sabão. E também a higienização com o álcool em gel 70%.
Assim como cobrir com lenço, ou com o braço, quando tossir ou espirrar. Evitar aglomerações e contato com pessoas resfriadas. Não compartilhar objetos de uso pessoal com outras pessoas e evitar tocar a região dos olhos, nariz e bocas sem antes ter lavado as mãos. E se possível, fique em casa.