O governo autoproclamado da Bolívia decretou na noite desta quarta (25/03) estado de emergência sanitária no país e fechou as fronteiras ante os casos de contágio por coronavírus. A medida foi tomada apos o país registrar 32 casos e estará em vigor até 15 de abril.
Os cidadãos só poderão sair às ruas de acordo com o número final da cédula de identidade, numa espécie de “rodízio”, tal como acontece em metrópoles que querem reduzir o trânsito de carros.
Na segunda, por exemplo, somente pode sair quem tiver o último dígito terminado em um e dois; na terça, três e quatro, e assim sucessivamente. Além disso, somente uma pessoa da família poderá sair para comprar alimentos e remédios. Sábado e domingo, todos ficarão em casa.
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O ato também proíbe a circulação de veículos públicos e privados, à exceção daqueles das forças de segurança e saúde.
ABI
Áñez decretou estado de emergência sanitária na Bolívia
“O estado de emergência impulsiona uma participação mais ativa das Forças Armadas e da Polícia Nacional na luta contra o coronavírus”, disse a presidente autoproclamada Jeanine Áñez.
A declaração de estado de emergência sanitária aperta ainda mais as restrições que já haviam sido impostas por Áñez. Até esta quarta, o horário de trabalho estava restrtio das 8h às 12h, somente para serviços essenciais. Até as 12h, somente uma pessoa por família poderia sair às ruas, próximas de sua casa, para comprar mantimentos ou ir à farmácia. Os voos internacionais já estavam cancelados, bem como o tráfego de pessoas entre os departamentos.
A campanha eleitoral para escolher o novo presidente do país está suspensa. O TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) suspendeu o calendário da campanha até o dia 4 de abril. O órgão já se reuniu com os representantes dos oito partidos que disputam o pleito, mas ainda não se chegou a uma nova data de votação. A anterior era 3 de maio.
(*) Com teleSUR