Os líderes dos países do G20 anunciaram, nesta quinta-feira (26/03), em uma cúpula virtual, que devem injetar “mais de 5 trilhões de dólares” na economia mundial para “combater os impactos sociais, econômicos e financeiros da pandemia” do novo coronavírus.
O grupo reúne os chefes de Estado de França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Rússia, Japão, Índia e Brasil, entre outros.
“Estamos firmemente decididos a apresentar uma frente unida contra essa ameaça comum”, acrescentaram os representantes das principais potências mundiais em comunicado divulgado após a reunião de emergência presidida pelo rei Salman da Arábia Saudita.
Siga EM TEMPO REAL e com gráficos didáticos o avanço do novo coronavírus no mundo
O comunicado oficial da reunião anuncia que os países do grupo estão injetando mais de “US$ 4,8 trilhões na economia global, como parte de medidas econômicas e fiscais específicas e de esquemas de garantia para combater os impactos sociais, econômicos e financeiros da pandemia”.
Só os Estados Unidos já havia prometido colocar US$ 2 trilhões em sua economia para mitigar os efeitos da crise do coronavírus.
Marcos Corrêa/PR
Líderes dos países que compõem o G20 em reunião por vídeo conferência
A agência de notação financeira S&P prevê uma recessão de -2% na zona do euro e no Reino Unido neste ano. Nos Estados Unidos, a agência Moody’s estima retração de -2% da economia norte-americana e na zona do euro de -2,2%, segundo as projeções da Moody’s.
A pandemia já causou mais de 21.000 mortes e parou a economia mundial, ao provocar o confinamento de mais de três bilhões de pessoas em todo o mundo.
Resposta global
O comunicado afirma ainda que os ministérios de Finanças e Bancos Centrais devem coordenar suas ações para desenvolver um plano de ação global. “Continuaremos a administrar apoio fiscal ousado e em larga escala. A ação coletiva do G20 ampliará seu impacto, garantirá coerência e aproveitará sinergias. A magnitude e o alcance dessa resposta recuperarão a economia global e estabelecerão uma base sólida para a proteção dos empregos e a recuperação do crescimento.”
As 20 maiores economias do mundo também pediram à OMS (Organização Mundial da Saúde) e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) que ajudem “os países emergentes e em desenvolvimento a lidar com as perturbações da saúde, econômicas e sociais relacionadas à Covid-19″.