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Coronavírus

NYT: Trump e doadores de campanha têm investimentos em empresa que produz hidroxicloroquina

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Entre os acionistas da Sanofi, farmacêutica que produz a hidroxicloroquina e a vende no mercado sob o nome Plaquenil, está uma companhia de investimentos liderada por Ken Fisher – um dos principais doadores de campanha para republicanos

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-04-07T17:36:00.000Z

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O presidente dos EUA, Donald Trump, tem insistido no uso da cloroquina, mesmo que não haja estudos que comprovem a eficácia do medicamento no tratamento do novo coronavírus. Mas, em reportagem publicada nesta segunda (06/04), o New York Times revelou que alguns sócios de Trump e o próprio republicano teriam interesses financeiros na questão.

Entre os acionistas da Sanofi, farmacêutica francesa que produz a hidroxicloroquina e a vende no mercado sob o nome Plaquenil, está uma companhia de investimentos liderada por Ken Fisher – um dos principais doadores de campanha de republicanos. A substância é usada no tratamento da malária e outras doenças.

Além disso, no ano passado, o presidente reportou que três trusts ­(a fusão de várias empresas com objetivo de formar um monopólio) administrados pela família Trump têm investimentos em um fundo mútuo da Dodge & Cox, cuja maior posição financeira estava na Sanofi. Segundo a revista Forbes, o total investido por Trump na empresa é pequeno, menos de US$ 3.000.

De acordo com a Sanofi, o Plaquenil não é vendido nos Estados Unidos, mas é comercializado fora do país.

Joyce N. Boghosian/White House
Trump tem interesses financeiros em uma empresa que produz hidroxicloriquna, diz NYT

Além disso, segundo o New York Times, vários fabricantes de medicamentos genéricos estão se preparando para produzir pílulas de hidroxicloroquina. Entre elas, está a Amneal Pharmaceuticals, cujo co-fundador, Chirag Patel, é membro de um clube de golpe de Trump em Nova Jersey e já jogou ao menos duas vezes com ele, já com o republicano na presidência.

Outro investidor da Sanofi e da Mylan, também uma empresa farmacêutica, é a Invesco, fundo anteriormente administrado por Wilbur Ross, o secretário de Comércio de Trump. Ross disse em comunicado na segunda-feira que “não estava ciente de que a Invesco tem investimentos em empresas que produzem ‘o medicamento’, nem tenho qualquer envolvimento na decisão de explorar isso como um tratamento”.

Bolsonaro, por sua vez, também segue insistindo na eficácia sem comprovações da cloroquina. Médicos dos EUA e do Brasil já declararam que não sabem se alguns pacientes melhoram sozinhos ou se cloroquina, de fato, teve alguma influência, enquanto outros que fizeram uso do medicamento não apresentaram melhora e acabaram morrendo.

(*) Com Revista Fórum

Saúde

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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