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Coronavírus

Sem nenhuma morte pelo coronavírus, estratégia 'low cost' do Vietnã é exemplo de combate à epidemia

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Premiê vietnamita, Nguyễn Xuân Phúc, qualificou os esforços como 'ofensiva geral'; país socialista se orgulha de seus métodos amplamente aprovados pela população

Frédéric Noir

RFI RFI

Hanói (Vietnã)
2020-04-21T16:40:00.000Z

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No Vietnã, um país com quase 100 milhões de habitantes e que faz fronteira com a China, nenhuma morte relacionada à covid-19 foi relatada e menos de 300 casos de contaminação foram confirmados. O balanço é considerado credível pela OMS, que até elogiou o país por sua transparência.

Como o Vietnã não tinha meios de realizar testes massivos na população, diferentemente da Coreia do Sul, o governo aplicou uma estratégia que alguns descreveram como "low cost" (baixo custo), isto é, o país priorizou o isolamento dos doentes e a localização das pessoas com as quais os infectados entraram em contato, direta ou indiretamente.

Ao todo, quase 100.000 pessoas foram colocadas em quarentena. Esse também foi o caso de todos os viajantes que chegaram do exterior, colocados imediatamente em quarentena por 14 dias, geralmente em prédios militares fora das cidades.


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“Eu mesmo estava em quarentena em casa porque estava voltando da Malásia, e uma câmera foi instalada na frente da minha porta para garantir que eu não saísse”, disse o correspondente da RFI em Hanói.

Isolamento e busca por todos os contatos

Além disso, o governo não hesitou em estabelecer o confinamento de bairros inteiros. Por exemplo, uma comunidade de 10.000 habitantes ao norte de Hanói foi completamente isolada do mundo por três semanas depois da descoberta de um caso positivo no local.

Da mesma forma, 1.600 pessoas do mesmo bairro foram mantidas em confinamento por 28 dias no Delta do Mekong por causa de uma única pessoa cujo teste foi positivo.

Governo do Vietnã
Premiê vietnamita, Nguyễn Xuân Phúc, qualificou os esforços como 'ofensiva geral'

Ao mesmo tempo, em 1º de abril, o governo introduziu um plano de confinamento para a população, incluindo a proibição de reuniões e uma forte "recomendação" para não sair de casa – exceto por um motivo “essencial”. Apesar da recomendação, muitos vietnamitas não seguiram as instruções.

“No meu bairro, nos arredores de Ho Chi Minh, muitas pessoas continuaram suas atividades como se nada tivesse acontecido. No entanto, a grande maioria das pessoas ainda usa a máscara em público. E muitas empresas controlam a temperatura dos clientes na entrada. Assim como a polícia, que montou postos de controle na entrada das principais cidades”, descreve o correspondente.

'Ofensiva geral'

O primeiro-ministro vietnamita, Nguyễn Xuân Phúc, qualificou os esforços do Vietnã como "ofensiva geral", referindo-se à ofensiva de Têt em 1968, uma referência à campanha militar conjunta das Frente Nacional de Liberação do sul do Vietnã e do Exército Popular vietnamita durante a Guerra do Vietnã.

O governo tomou medidas fortes desde o início para limitar a propagação do vírus. Em meados de janeiro, as autoridades reuniram um comitê de gestão de crise com médicos e cientistas para combater a nova doença. E eles rapidamente tomaram medidas muito fortes.

Por exemplo, proibiram imediatamente a reabertura de escolas, convocaram médicos aposentados e aumentaram sua capacidade de produção de máscaras. O Vietnã se beneficiou de sua experiência em 2003, quando já havia conseguido – na época – combater a epidemia de SARS.

Hanói também decidiu suspender todos os voos entre o Vietnã e a China a partir de 1º de fevereiro, antes de restringir todos os voos internacionais. E, acima de tudo, o país decidiu fechar sua fronteira terrestre com a China, uma decisão de forte impacto devido à dependência da economia vietnamita do gigante asiático, que é seu primeiro parceiro comercial.

Hoje, o país comunista se orgulha de seu balanço, que legitima os métodos por vezes intrusivos, mas amplamente aprovados pela população. Enquanto isso, as escolas estão começando a reabrir em algumas províncias, embora ainda sob recomendação de muita cautela.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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